terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Parabéns minha mãe

Dedico este post à minha mãe, que hoje completa meio século de existência.
Meio século... 50 anos muito tramados, mas muito cheios!

Parabéns mãe! Parabéns e Obrigada:
- por todo o mimo,
- por todo o esforço,
- por toda a força,
- pelos bolos de anos fantásticos e inesquecíveis que sempre me fizeste,
- pelas camisolas de malha que costuraste iguais às das minha barbies,
- pelas barbies que me deixaste ter,
- pelo inglês que pude aprender desde cedo, enquanto tu deixaste de comprar roupa para ti ou ter empregadas em casa,
- pelas viagens que pude empreender desde cedo sob o suor do teu sacrifício,
- pelos mais belos natais de sempre,
- pelas palavras mais sábias,
- pela tua compreensão e cumplicidade nos momentos mais complicados,
- pelas lindas irmãs que me proporcionaste,
- pelos escritos raros mas fabulosos a que nos habituaste,
- por esse sentido tão agudo do que é ser/ter familia,
- pelas musicas que cantavas nas intermináveis viagens das férias de verão,
- pela tua sinceridade sem papas na língua,
- pelo teu espírito da mula matinal, que herdei,
- pelas anedotas sempre na ponta da língua,
- por seres grande como eu e assim poder usar a tua roupa,
- por me teres apresentado a bossa nova,
- pela firmeza dos teus valores,
- por esse colo tão acolhedor - o melhor do mundo!

Obrigada por mil e uma razões!
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Havia tantas músicas para te dedicar... mas ao que me lembro esta é uma daquelas que costumavas cantar..."Coração Suburbano" - Chico Buarque:



Suburbano coração
Chico Buarque/1984

-Quem vem lá
Que horas são
Isso não são horas, que horas são
É você, é o ladrão
Isso não são horas, que horas são
Quem vem lá
Blim blem blão
Isso não são horas, que horas são

A casa está bonita
A dona está demais
A última visita
Quanto tempo faz
Balançam os cabides
Lustres se acenderão
O amor vai pôr os pés
No conjugado coração
Será que o amor se sente em casa
Vai sentar no chão
Será que vai deixar cair
A brasa no tapete coração

Quando aumentar a fita
As línguas vão falar
Que a dona tem visita
E nunca vai casar
Se enroscam persianas
Louças se partirão
O amor está tocando
O suburbano coração
Será que o amor não tem programa
Ou ama com paixão
Mulher virando no sofá
Sofá virando cama coração
O amor já vai embora
Ou perde a condução
Será que não repara
A desarrumação
Que tanta cerimônia
Se a dona já não tem
Vergonha do seu coração

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